A “Fábrica de Cultura”, obra que, extraoficialmente, leva esse nome, infelizmente se tornou o "Elefante Branco" de Extrema. Isso, porque apesar de ter sido investido milhões na obra, a atual Administração não conseguiu inaugurá-la e, com isso, a população ainda não pode usufruir do espaço, que continua sem utilidade, frustrando a expectativa dos extremenses e dos amantes da arte.
Valor da obra
Em agosto de 2018, o Jornal de Bragança e Região publicou uma reportagem com a seguinte manchete Fábrica de Cultura custará mais de R$ 11 milhões; João Batista afirmou que custaria R$ 8 milhões. De acordo com a Prefeitura, o orçamento previsto para construção da Fábrica de Cultura era de R$ 10.734.593,34, porém, o valor inicial das obras ficou em R$ 9.817.593,34.
No entanto, o valor subiu para mais de R$ 11 milhões (R$ 11.007.997,09), o que segundo a Prefeitura, foi motivado pela quebra de contratos com empresas responsáveis pelos serviços, pelo não cumprimento das cláusulas contratuais, onde novas licitações foram realizadas, e o valor sofreu alta. Um acréscimo de mais de R$ 1 milhão na comparação com o projeto inicial da obra.
A Prefeitura justificou ainda, que “durante a elaboração dos novos processos licitatórios, foram considerados melhorias para atender necessidades que surgiram durante o curso da obra”. Ainda de acordo com a Prefeitura, a obra recebeu três aditivos, que juntos somam R$ 270.187,42.
Em uma entrevista, no início de 2016, para o Jornal Gazeta da Cidade, o então vice-prefeito e, hoje, candidato à reeleição para prefeito, João Batista (DEM), informou que o valor para construção da Fábrica de Cultura era de, aproximadamente, R$ 8 milhões. Ainda de acordo com a entrevista, João Batista garantiu que as obras terminariam entre o fim de 2016 e início de 2017.
O que diz a Prefeitura
O Jornal de Extrema entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura, para saber o motivo de o prédio da “Fábrica de Cultura”, ainda não ter sido inaugurado. Mas até o fechamento desta edição, não houve retorno.
O que é "Elefante Branco"?
De acordo com o professor Ari Riboldi, a expressão teve origem em um costume do antigo Reino de Sião, atual Tailândia. Lá, o elefante branco era raríssimo e considerado animal sagrado.
Quando um exemplar era encontrado, deveria ser imediatamente dado ao rei. E, se um dos cortesãos, por alguma razão, caísse na desgraça do rei, este o presenteava com um desses raros animais.
Não podia recusar o presente, nem passá-lo adiante, afinal era um animal sagrado e um presente real. A obrigação era cuidar, alimentar e manter o pelo do animal sempre impecável - o que representava grande custo e trabalho constante, sem nenhum retorno ou utilidade prática.